sábado, 4 de outubro de 2008

EDUCAÇÃO ESPECIAL: PERSPECTIVAS E INOVAÇÕES

O advento da tecnologia e da ciência propulsionaram transformações no modo de pensar e agir das pessoas. As informações se renovam o tempo todo em diferentes meios de comunicação: televisão, rádio, revistas, jornais e internet. A educação acompanha - ou tenta acompanhar - os processos tecnológicos, porém existe um longo caminho a ser percorrido. Com apenas um clique as crianças têm acesso a inúmeras informações. Esta realidade muda o perfil do ser humano atual onde a busca pela concretização dos direitos e a vivência dos deveres são definidos a partir de uma sociedade formada por cidadãos mais críticos e inovadores.




Tradicionalmente o ensino era voltado para o depósito do saber, onde o professor era o centro do conhecimento e o aluno era o ser que recebia passivamente as informações passadas pelo professor, como estratégia de ensino existia a aula expositiva e o recurso didático era quadro-negro, o giz e a fala do professor. Atualmente esse contexto mudou, várias são as estratégias e os recursos didáticos, desde pequenina a criança já formula o seu próprio pensamento, julga, aprecia, compara a informação e assimila de acordo com os seus próprios conhecimentos. Computador, dvd, vídeo, televisão são recursos didáticos que podem ser usados com frequência no cotidiano da sala de aula. Nessa perspectiva o aluno já não é mais o ser passivo, mas, o centro do processo educativo e o educador o mediador entre o conhecimento e o aluno.






Referente aos alunos com algum tipo de necessidade educativa são oferecidos softwares que garantem o desenvolvimento individual. Seja qual for a necessidade do educando é possível o acesso a diferentes recursos tecnológicos pois os mesmos são adaptados de acordo com as suas dificuldades. Estes recursos são capazes de promover a consecução dos objetivos propostos pelos educador. De acordo com a Wikipédia a utilização dos softwares permite:



  • Alargar horizontes levando o mundo para dentro da sala de aula;


  • Aprender fazendo;


  • Melhorar capacidades intelectuais tais como a criatividade e a eficácia;


  • Permitir que um professor ensine simultaneamente em mais de um local;


  • Permitir vários ritmos de aprendizagem numa mesma turma;


  • Motivar o aluno a aprender continuamente, pois utiliza um meio com que ele se identifica;


  • Proporcionar ao aluno os conhecimentos tecnológicos necessários para ocupar o seu lugar no mundo do trabalho;


  • Aliviar a carga administrativa do professor, deixando mais tempo livre para dedicar ao ensino e à ajuda a nível individual;

  • Estabelecer a ponte entre a comunidade e a sala de aula.



A educação mediante aos avanços tecnológicos e sociais cumpre um novo papel: possibilitar ao educando o desenvolvimento das suas habilidade globais: motor, físico, cognitivo, psicológico, social e afetivo. Antigamente a educação especial era excludente, concebida e desvinculada do ensino regular em instituições públicas ou privadas. As crianças recebiam apoio especializado de acordo com sua "deficiência": motora, mental, visual e auditiva, porém não tinham convivência com as crianças ditas "normais". Essa realidade gerou um processo de exclusão social. Para superar esse entrave começou a ser questionada novas políticas educativas e sociais surgindo assim a educação inclusiva cujo maior objetivo é incluir o educando com necessidade educativa nos diversos segmentos da sociedade: social, político, profissional e educativo.



Várias transformações estão ocorrendo para que aconteça a educação inclusiva. As escolas regulares estão se adaptando para receber as crianças com necessidades educativas, alguns professores estão sendo capacitados para trabalharem com essa clientela, recursos didáticos e verbas estão sendo disponibilizados para serem trabalhados com esses educandos. Já foram criadas em várias escolas as salas de recurso onde as crianças recebem atendimento voltado para a sua necessidade. Já existem profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicopedagogos e professores capazes de trabalharem em conjunto para promoverem a formação da criança especial. Porém, o processo é lento, ainda há muito que se fazer. Não será fácil promover a consciência da inclusão, pois a exclusão está impregnada nas pessoas em detrimento ao conceito de "deficiente" formado ao longo do contexto histórico-social.